domingo, 19 de dezembro de 2010

A vida

A vida, tem gente que quer resumir a um não e um sim.
Eu escolho o talvez.
Nessas oito da noite parecendo seis.
Tiro a casquinha do machucado pra ver o sangue correr.
Fico de lado. Não me calo.
A dor existe, insisto. Ela me grita todos os dias.
Mas não a interpreto, é como um berro sem nexo.
Tenho medo do meu desconexo e ficar pra sempre dentro de mim.
É isso o que mais me aflige nas discussões sem fim.
O que vivo só eu sei.
Os passos por onde caminhei.
Fui catando. Fui juntando.
Agora já não sei.
Mesmo tendo certeza de muitas outras antes obscuras coisas.
Mais vale a incerteza na mão que dois sins a voar?
Sei que agora estufo o peito.
Mesmo que na cama passe algumas manhãs velhas.
sei que neste ano me surpreendi.
Amei e fui amada.
E o amor muda a forma que a gente vê tudo.
Me repito nesse tema.
Teorema.
Amar é coisa. Amar é ar. é o olhar.
Andança. cansa.
Mas se chega.
Nada melhor que saber o fruto de um caminhar.

2 comentários:

  1. Não importa muito o destino.
    A viagem em si já vale o caminhar.
    E a companhia multiplica a experiencia. =]

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  2. Pocha vida!!! Que perfeitas suas palavras!!! Melhor que isso só dois disso! E muitas vezes penso que "Mais vale a incerteza na mão que dois sins a voar."

    Parabéns!!!

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Devaneie: