domingo, 13 de maio de 2018

Giro a giro tudo pode se esvair. Existe essa conjugação? Não sei. Existe essa possibilidade. Tudo se esvair se a gente permitir. Hoje fazem dois meses daquele encontro. Os dois mal sabiam o que faziam, agiam por vontade, por impulso, por um vinho. E pouco a pouco tudo foi virando dia a dia. Poucos planos, muitos medos. Muita confusão introjetada, ressentida. Quando se solta, vem uma ressaca e outro medo. Mas por que temer tanto? Por que deixar de sentir, de viver? Por que ter calma, cuidado, receio? Ela pergunta sabendo que também sente o mesmo. O zelo que cada um construiu um pelo outro os está confundindo, tirando a prioridade que era não priorizar ninguém. Isso é um problema? Tem solução? Andar, girar, esvair porque não é ali. Não é ali o lugar pra ela florescer. O problema é que ela vê em qualquer solo um pouco mais verde a vontade de semear. Mas o jardineiro é outro e tem sua escolha. E ela, denovo, não sabe em quem confiar.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sinto falta, mas não sei se é bem de você. Você já me parece outro. A falta é do que a gente consumou ser. Num tempo. E me pego passando perto daí é chorando. Ainda choro. Não é, ainda, um sorriso de passado e aceitação. Ainda marca. Uma falta confusa. Uma falta do que foi e do que a gente pensou que poderia ser. Onde estaremos? Espero que prós dois só seja o bem pela frente. A minha bicicleta me ajuda correr com a lágrima.