segunda-feira, 22 de julho de 2013

Poema

A poesia que vou colocar aqui já é repetidamente compartilhada por muitas pessoas. Assim como o meu gosto por este poeta já é repetido. É como repetir um bolo de chocolate que gostamos muito. Na verdade, é realmente como comer um bolo de chocolate. Ele, assim como a poesia de Manoel de Barros, tem o poder de nos deixar com um sorriso no rosto, com o gosto de que a alegria é possível e que se deve, sim, deve-se, tirar as lágrimas da cara. Cada vez mais me convenço disso e cada vez mais gosto da poesia de Manoel.

Ai vai:

Poema

A poesia está guardada nas palavras- é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.

Manoel de Barros

O que gosto do Manoel é essa capacidade de honestidade no que escreve. E de como consegue tirar beleza das coisas mais simples, não que elas não tenham beleza por si só, mas ele transcreve essa beleza pro papel de uma forma óbvia, que imbecil é quem não consegue ver a partir do que ele escreve. E o riso que ele me provoca é curador, reconciliador com a alegria e a pureza que há em mim. Manoel é sujo e por isso provoca as purezas mais sinceras!

Diga lá o que achou. Gostou?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Devaneie: