sábado, 20 de julho de 2013

Chão

É tanta coisa pra pouca letra. É tanto sentir pra pouca tela. É tanto sorrir pra tanto digitalismo digitalizante ínfimo de qualquer coisa que possa ser, por si só, infinita.

É chão novo, sabe? É chão novo, sabe. ..
.
... Os Dedos suspiram, dizem: "Qualquer coisa, qualquer coisa."
O Coração diz: "Aquilo lá cairia muito bem...".
O Pensamento vem e tira todo mundo do sério:
"Nada de coisa alguma, muito menos aquilo." "Quem lerá"?- pensa. "O que dirá?"- regogita. "O que fará?" -castra.

E todos permanecem no chão anterior. Sujando os dedos nas mesmas esquinas.
"Pensamento é quem pode. Já vai lá quando quer..."

Todos estão no novo chão. Escolha conjunta: Dedos, Coração e Pensamento. O chão dizem que é novo. Dá alegria, é verdade. Dá satisfação, não há como mentir. E quanto mais novo, mais mistério. E aí, com o mistério, há alguém novo entrando: o Olhar:
 "-E isso daqui, o que é?"
"-Mas o que tu acha? Aquilo, uai!"
"-Aquilo lá que não caberia de ser...seria o outro, talvez. Deixe-me dizer..."
"-Espere. Aquilo lá é como tudo."
"-E não é nada daquilo e muito menos igual. Aquilo é novo e chega! Dos vícios de sempre já sei, preciso de novos. Virarão vícios. Mas isso é o com o Pensamento. A mim o que me cabe é descobrir.E vamos."

E estamos. Cada canto um novo tato, um novo sentimento, uma nova reflexão, uma nova cor. Mesmo com chão de outros.

Cabe dizer que aqui tem muito chão  outros e tá tudo debaixo do tapete, que eu sei. E não é só chão branco de frio, não, não. Aqui tem chão que já ouviu tambor, batuque. Parece. É só o que parece. Novo tem disso: pura aparência, até o Olhar tornar familiar, o Coração fincar cativares e o Pensamento viciar.

Mas até aí tem muito chão. Chão é o que não falta! Que os Dedos e seu prolongamento saibam suportar a poeira com tato, com muito tato.

É chão novo, sabe? Tem dessas coisas...

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