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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Ainda sinto seu cheiro em minha mão. Ele se aprofundou em meu corpo, fundiu-se com as células de minha pele, criou um híbrido e erótico órgão. Você em mim. No mais orgânico e orgástico sentido. De se tornar natural, eu passar suas mãos sobre seus pelos ao meu arrepio. E você ainda se perturbar, mas sabendo que é uma ilusão. Comovido, provocado, soltas sua ira em mim. Da qual me alimento e revido, regurgitando todos os bilhões de anos do nosso passado em sua íris. Só nos resta alguns anos, mas temos o conhecimento enciclopédico de toda a humanidade em nosso inconsciente. Seu cheiro se impregnou. Isso, ainda, não houve acúmulo de saber que ele soube retirar. Eu o aceito, mutante que sou.
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Todos somos mutantes, uns mais e outros menos. O que nos falta é consciência disso. Aceito tal desafio. Mas com a condição de que estejas ao meu lado, de mãos dadas.
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