sábado, 16 de outubro de 2010

"Há males que vem pra bem"

Alguém me diga como se perdoa. Ou melhor, o que se perdoa.
Alguém me diga o que é traição. Ou melhor, o que não é traição.
Alguém me diga o que é ilusão. Aliás, o que não é ilusão?

Sinto vontade de compartilhar aqui uma história que me está acontecendo. Mas  não me sinto confortável com ela. Queria que ela nunca tivesse nascido. Abortada deveria ter sido. Mas ela existe e eu tenho que lidar com ela.

Seria comum pensar que temos que passar por maus momentos para aprender...aprender....aprender...o que?

Na minha passagem por Montes Claros visitei minha grande amiga Ju. E sobre essas "provações" da vida estivemos a conversar. Ambas temos passado, a sua maneira, por maus bocados. Ou bons. Mas ela me questionou algo, ou deixou em mim a questão.
Será que temos mesmo que passar por maus momentos para crescer?

...

Eu tenho me repetido por um tipo de mau momento nesses últimos meses que é o ciúmes e a insegurança. Ambos tem que ser tratados na sua origem. Mas eu não sei qual é essa dita cuja. E lá vem mais um momento de ciúmes! Mas não tenho aprendido, e ele vem se repetindo junto a outros sentimentos como desconfiança e dúvida. Se não tenho aprendido, esses momentos não estão sendo assimilados ou na real eles não tem nada a me ensinar. Ou não tem nada a ensinar pelas vias que foram sendo refletidos e discutidos, pela maneira que foram sendo digeridos.

Algumas coisas tenho aprendido. Coisas que são do mundo de gente grande. Mundo feio! E por isso tenho medo de endurecer com esse aprendizado. Dai vem meu questionamento. Temos mesmo que passar por esses maus momentos para aprender algo? Tenho visto que não. Para se aprender de fato, eles devem ficar o mais claros possíveis. Como numa digestão: divididos em menores partes, absorvidas, aproveitados e rejeitados. Sendo dessa forma vividos os maus momentos não precisam se repetir para que entendamos o recado. E se eles estão se repetindo é porque você mesma está se fazendo mal em continuar insistindo em que deve aprender.

Deve?

Essa história não é só de ciúmes, como já disse. É sobretudo de amizade, de cumplicidade, de entendimento entre as pessoas. Algo não está em sintonia entre as pessoas quando uma acha que a outra compreendeu quando de fato não. E dessa forma nenhuma tem culpa, ou ambas são culpadas. O bonito é que quando estamos realmente dispostos mudamos as tramas da história. Podemos fazê-lo se quisermos. Na verdade, ai sim assimilarei melhor tudo e aprenderei. E não enfrentando pancadas na cara. Isso já não me ensina sobre isso, nem sobre o amor. É possível com ternura abraçar essas feridas e construir outra relação. Eu quero. Só não sei até que ponto continuarei endurecendo e não me permitirei o perdão. Endurecer me dói. Não era isso que eu queria ter aprendido. Mas foi isso que me ensinaste.

Foi um grande desabafo essa postagem. Um grande desabafo!

Um comentário:

  1. "mistério sempre há de pintar por aí.."
    Aninha do céu! vamo junto nesse estradar! (perdoe de novo a ausência minha)
    não é que tem umas paixões que fazem a gente tropeçar de dentro pra fora?
    sobre os maus momentos lembrei daquele provérbio chinês: "Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca".
    pode ser meio bobo sei lá.. não encaixa no contexto seu. talvez o tempo...
    beijo minina bunita!

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