domingo, 29 de abril de 2018

Nao consigo.
Nao consigo que as coisas fofas entrem denovo na minha vida. Não consigo competir com histórias fofas por agora. Sorrisos soltos, sofá no domingo, colete de salva vidas. Por não conseguir, pulo do barco. No meio do nada. Porque cinco dias não pode ser rio nem mar. Cinco dias é só um estar. Não posso competir com um futuro colorido com filtro de Instagram. Minhas cores estão saturadas e com temperatura quente. Tanto é que sangro sem controle. Agora estou dilacerante e não consigo ser fofa. Dilacero carne, não perco tempo com conversas, tenho impaciência por viver. E tem fofura no meio do caminho que não quero interromper. Deixe-a passar então. Tudo tem seu lugar é o medo me paralisando. Eu sei. Mas medo ajuda a sobreviver também. Pra vítima e pro caçador. Hoje é dia da caça. Deixe-a correr entre suas plantas, menino do dedo verde. Esse caminho não é pra ser trilhado por mim agora. Meu caminho é de pedra, como posso sonhar? Meu caminho agora é de pedra, por pura escolha. Escolho essa pedra

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