domingo, 16 de novembro de 2014

"Desilusão, desilusão...Dança eu, dança você..."



Uma hora ela bateria na porta. Encheria sua vida de sentido, de paixão, de vontade de mais vida. Danada! A uma hora ela bate na sua porta. Te traz cor, de rejuvenesce, te envaidece. As portas da tua casa estão bem abertas. Mas seu coração, não. Caminho qual não há coração é só um caminho. Um caminho que pode ser bom de se passar. Novas paisagens pra se olhar, novas poeiras pra acumular na botinha suja. Passar, todos passamos. O que se faz enquanto se passa é o que se faz ficar. Abriu sua janela, botou o sol na sua cama, sacudiu o lençol. Foi só visita que bagunçou a estante dos livros. O coração nunca a quis.  Mas agora é hora de fechar a porta novamente.   E acrescentar nessa doce ilusão um prefixo de despedida. Prefixo esse que faz ficar latente por ainda muito tempo todo aquele doce que um dia houve. Junto a uma lágrima, há a incerteza do seu novo caminho.

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