A vida é feita pra dançar. Não sabia? Há tantas mulheres por aí que se vem assim, floridas, vivas. E tantos homens também. Meu ângulo é feminino. Quem sabe não juntamos os vários ângulos possíveis pra fazer esse relato? Mas deixa eu dançar.Tenho aprendido a me deixar ser mais leve, a ir com os passos escorregando, pra não machucar demais o joelho. O escorregar é com tudo. A gente pode ir mais devagar, rasteirinho, pra ir junto, pra estar presente. Há tantas mulheres nessa vida que estão sós, estando acompanhadas. Essas margaridas que vão perdendo a cor da vida. Não tem porque se deixar despetalar. Não tem porque se deixar podar. A não ser que seja uma poda pra se fazer crescer, fortalecer. Na vida a gente tem que dançar. Deixar pra lá tanta parafernália que fomos criando com o tempo humano. Voltar às raízes. Já dizem muitos. Já disse Thoreau, Wilthman e Manoel de Barros. Os homens são por mim também citados. Voltemos às nossas raízes. Nos comuniquemos mais. Sejamos conscientes de nossos vícios, de nossos erros, de nossas limitações, tiremos todas elas pra dançar. Façamos um grande baile, com muita alegria! Deixemos nos encontrar com outros pares se nossa alegria junto não cresce. Sejamos soltos, sejamos flor, folha e fruto. Bailemos a música magnífica do existir e mais nada. Cada coisinha que fazemos, coisinha humana, acrescentemos à nossa sabedoria universal de ser vivo. Mas não nos deixemos enganar. Somos ser vivo. Ser humano é distrativo. E mais nada. A gente gosta mesmo e se satisfaz é com o básico. É com a raiz. É dançar, sentir o outro, comer, sentir o vento, andar, comunicar, sonhar... coisas raiz. Isso não passa. E o básico é direito. O básico é luta. O resto, deixa ir. O resto é resto e te complementa. O que você é mesmo é o que faz com sua raiz e como a faz. Viva as margaridas e os homens folha! Dancemos!
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